terça-feira, 20 de abril de 2010

Teologia

Deus existe, sabe! Pro bem e pro mal. É um postulado da teologia simpática à divindade que Deus não pode fazer o mal, que ele é amor em essência, mas eu discordo em parte. Discordo porque lendo a bíblia, já sublinhou bem a Lini, minha irmã, vamos ver matança e mais matança autorizada e sufragada pelo deus de Israel, que nós tomamos de empréstimo, ao meu ver, forçando um pouco a barra.

Eu não posso reclamar do homi. No geral, tá tudo certo, vivo bem, saúde, família, blá blá, blá. Apenas o sujeito chato sou eu, macaco, pipoca, tobogã, eu acho tudo isso um saco!

Mas se ele existe, eu comprovo por outros motivos. É tambem um postulado, dogma, que Deus é pai. Se é pai, e isso é uma droga, corrige e disciplina. Em termos menos simpáticos, ferra sua vida.

Deus existe, ferra minha vida e eu demonstro: Sábado passado eu ia saír. Tinha uma apresentação de seminário do mestrado hoje. Mas era um tema fácil, eu já havia preparado a metade e o plano era teminar no domingo. Saída confirmada, lugar perto, duas quadras da minha casa, iam estar umas três das mulheres da minha vida, tudo certo. Exceto que esqueci de combinar com Javé, né, ó!

Eu sou o derrubador de sistemas. Onde eu chego, cai a rede, o sistema, os aviões não decolam. Fui buscar dinheiro pra noite, óbvio a rede caiu. Caiu toda a internet no meu bairro, fui em dois caixas eletrônicos e nada, nadica de nada!

Mas eu gosto de, por assim dizer, medir forças com a divindade, ora! Filho rebelde é assim e ele sabe. Catei uns pila no armário, pedi pro vizinho e me toquei pra fila. Depois de meia hora, na hora de comprar o ingresso, descubro que estava na fila do único lugar do mundo que não aceita cartão de débito! Deus mexendo os pauzinhos, é claro. Volto pra casa, leio mais um pouco, acordo bem no domingo, termino o seminário, apresentação de sucesso, elogios e o diabaquatro. Deus existe e manda na minha vida. Que saco!

Daí hoje, tento de novo. Tá, tem uma dissertação pra eu escrever, mas quem liga? Feriado e eu vou pra noite afogar as mágoas. Isso, é claro, até o indicador divino me apontar. Por algum motivo besta, fechei a grade da porta, minha colega de apê não tem chave, teve que me chamar, tive que sair no meio da festa, enfim, ferrou tudo de novo. O detalhé é que nunca fecho aquela droga, que sempre tem alguem em casa, que nem ia levar o celular, que...

Ok, talvez eu tenha de me conformar. Deuzo existe. Deuzé pai! Como pai, corrige, disciplina e bota o filho no caminho. Ok, começo minha dissertação amanhã. Inferno!
Pos scriptum: Vou fazer, mas não sem meu protesto.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Música!

Meia noite e meia, vinho na cabeça e lembrei do tempo em que eu não manjava absolutamente nada de ingreis além do verbo to be mal ensinado na escola pública, logo, não sabia o que as músicas significavam. Tempo saudoso em que não tinha Agravos de meia dúzia de milhões, nem dissertação, nem aula no sábado nem nada. A única preocupação - já que papai sustentava e a escola eu tirava de letra - era a vida adolescente: ser aceito, não ser tão tosco, a Joana, a Daia, a Rosane, a Sandra a Carol (ai, a Carol...!) e todas as paixões adolescentes.
  • Naquele - bom - tempo, que eu escutava União FM e me deliciava com músicas das quais eu não fazia a menor idéia do significado. Era a coisa do prazer do som pelo som, e eu ficava imaginando criando meu próprio universo, sem saber se quem cantava estava morrendo, narrando um orgasmo ou falando sobre fantasmas. Era tudo a mesma coisa!
Então, pra quem gosta de listas, aí vai o Top-sei-lá-quantos de músicas que eu não entendia e preferia assim, pois hoje dá vontade de cortar os pulsos no fio de folha de ofício. Faça sua lista. Ou ache algo mais útil pra fazer, é claro.
  • Out a reach - Gabrielle. O baixo e o piano do início já me ganhavam. Quando entrava a voz aveludada da mulé eu ia à loucura. E o refrão, então, com aquela guitarra discreta? Demais. Eu achava perfeita pra cenas afetivas públicas - românticas, pronto, falei. Alias, vocês sabem a origem do termo romance? Tá, não tem nada a ver com o assunto, fica pra outra hora.
Sei lá o que eu imaginava, mas é uma música agradável de ouvir, combina com esperar alguem num restaurante, levantar sorrindo quando ela chega, coisas do gênero. Me trazia boas sensações, mas agora tenho que abstrair da letra quando ouço ! Out a reach, so far! Que triste.
Queria por aqui o link pra esta tragédia cantada, mas ainda não sei fazer isso. Quem sabe amanhã.
  • PS: Pesquisando pra este post, descobri que tal música faz parte da trilha de Bridget Jones, aquele aporrinhamento sem tamanho. Eita mulherzinha chata aquela.

Posto as outras amanhã, que tenho que estar inteiro pro meu Agravo.

  • PS 2: Peço desculpas pela ausência de postagens, mas é que ando emburrecendo. Não tenho muitos assuntos e não pretendo ficar falando sobre meu sempre estranho dia-a-dia. E sim, havia esquecido a senha. De novo!